Monitores Multiparâmetros: Parâmetros especiais – Calorimetria Indireta, e EEG contínuo.
Continuaremos nossos estudos de parâmetros fisiológicos especiais de Monitores Multiparâmetros.
Agora vamos falar um pouco mais de parâmetros que estão sendo, cada vez mais, inseridos nas rotinas de monitoração médica, especialmente em UTIs e Centros Cirúrgicos, com a visão de antecipar situações críticas, tais como subnutrição, sepse e convulsões.
Calorimetria Indireta
Calorimetria Indireta mede, de forma geral, a energia consumida pelo paciente submetido à ventilação mecânica, através de um algoritmo baseado na equação de Weir (www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1392602/ – The Journal of Physiology).
A calorimetria indireta pode avaliar a resposta metabólica do paciente a uma determinada enfermidade (sepse, convulsões), as suas necessidades nutricionais e através dessas informações, auxiliar na obtenção de melhor plano terapêutico para o paciente.
Os parâmetros que são medidos em calorimetria indireta são: consumo de O2 (VO2), produção de CO2 (VCO2), coeficiente respiratório (RQ) e consumo de energia (EE). Os parâmetros RQ e EE são calculados a partir da medição de VO2 e VCO2.
Esses mesmos parâmetros podem ser utilizados como orientação no processo de desmame do paciente da ventilação mecânica, assim como na otimização de terapias como sedação, aquecimento ou resfriamento do paciente.
Princípio de Funcionamento
Assim como na capnografia, as amostras de O2 e CO2 para Calorimetria Indireta são captadas pelo método Sidestream e a leitura por espectrofotometria. Porém na calorimetria indireta as medições são realizadas tanto na inspiração como na expiração, pois os cálculos de consumo necessitam dos valores ofertados ao paciente na inspiração e o quanto é retornado na expiração.
Eletroencefalograma (EEG) Contínuo
O EEG é um exame não invasivo que analisa a atividade elétrica cerebral espontânea (córtex), no qual se usam eletrodos conectados ao coro cabeludo para a captação dessa atividade elétrica. O EEG está presente durante todo o ciclo de vida de uma pessoa e pode ser utilizado para o diagnóstico de eventuais anormalidades dessa atividade elétrica cerebral espontânea.
O eletroencefalograma é um exame que avalia a reatividade (a estímulos elétricos, sonoros e auditivos), amplitude e frequências da atividade elétrica cerebral.
Qual o significado do EEG?
O EEG normal é a soma de diferentes sinais e que representam, também, diferentes situações da atividade humana: Delta ( < 4 Hz – sono profundo); Theta (4-8 Hz – sono leve); Alpha (8-13 Hz – acordado com olhos abertos) e Beta (> 13 Hz – alta atividade ou drogas).
Aplicação do EEG Contínuo em UTI
O EEG contínuo agregou novas perspectivas para pacientes graves em UTI, como ferramenta útil na avaliação de desordens metabólicas, tóxicas, inflamatórias que afetam o sistema nervoso central.
Adicionalmente é importante na avaliação da etiologia e do prognóstico de pacientes em coma, assim como identificar eventos neurológicos adversos, o que permite adotar rápida intervenção com redução dos danos neurológicos secundários (https://doi.org/10.1590/S0104-42302006000100008).
Uma aplicação típica do EEG contínuo em UTI é a detecção de convulsões que podem causar danos irreversíveis ao cérebro.
Nas próximas semanas continuaremos explorando em nosso BLOG, outros parâmetros atualmente disponíveis em monitores multiparâmetros, seus princípios de medição e aplicações, além de dicas importantes sobre problemas e interferências mais comuns, manutenção e calibração.
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Texto: Jorge Cardoso Pereira – Engenheiro CREA RN 260699320-9 – EC UNICAMP/MBA FGV GERENCIAMENTO PROJETOS/MBA FGV GESTÃO EXECUTIVA EM SAÚDE
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