Janeiro 8, 2021

Cardioversores e Desfibriladores: manutenção, riscos e cuidados.

Cardioversores e Desfibriladores: manutenção, riscos e cuidados.

Cuidados especiais durante a manutenção e calibração de Cardioversores e Desfibriladores.

1. Nunca faça os testes sem a presença de alguém ao seu lado.
2. Nunca toque ou segure as partes condutivas das pás, a menos que esteja seguro que o equipamento está descarregado e, de preferência, desligado.
3. A equipe médica sempre deve ter um desfibrilador disponível, mesmo durante os testes e inspeções.

4. Nunca faça os testes e inspeções de todas as unidades ao mesmo tempo para não deixar equipe médica sem os mesmos no caso de emergência.

5. Os testes podem descarregar as baterias dos equipamentos. Sempre providencie baterias carregadas para substituí-las, quando necessário.

6. Os testes de verificação de energia e descarga e tempo de carga devem sempre ser executados com o equipamento desligado da rede elétrica. Dessa forma é possível verificar, simultaneamente a condição das baterias.

7. Nunca toque as superfícies das pás uma na outra, especialmente com o equipamento energizado. Um eventual disparo nessa condição provocará um curto circuito entre as pás envolvendo altas tensões e correntes, o que poderá provocar grandes danos físicos nas pás e colocar o operador em risco.

 

Cuidados Especiais com as pás

Durante os serviços de manutenção preventiva em Cardioversores e Desfibriladores, as pás merecem atenção especial, em particular, com relação aos aspectos de limpeza e acúmulo de gel condutor, que tem ação corrosiva. Separe as pás para adultos das pás pediátricas e limpe as duas superfícies, assim como os contatos elétricos que conectam as pás pediátricas às pás para adultos.

Oriente os usuários para que após cada uso as pás sejam limpas e todo o excesso de gel seja removido. Essa limpeza deve ser feita sempre com o equipamento desenergizado e desconectado da rede elétrica.

Testes diários: Boas Práticas de Operação

Desfibriladores e Cardioversores devem ser testados diariamente, ou em cada turno de serviço, de acordo com os procedimentos estabelecidos pelo estabelecimento de assistência à saúde.

Alguns destes equipamentos, provavelmente nunca serão utilizados no atendimento a pacientes, porém farão centenas ou milhares de testes diários. Portanto os parâmetros de carga dos testes diários devem obedecer às instruções do fabricante. Não se esqueça que os testes diários devem ser executados SEMPRE com o equipamento desconectado da rede elétrica, observando assim o comportamento e capacidade de carga das baterias.

Inspeções Qualitativas

Os itens abaixo devem ser verificados por inspeção visual e os resultados registrados em histórico do equipamento:

1. Caixa, estojo, chassi, painel, tampa, carrinho, suporte de montagem, pedestal ou outro mecanismo de fixação, rodízios do carrinho (se for este o suporte).

2. Cabo de alimentação, tomada, fixação mecânica do cabo, terminal de aterramento, fusíveis.

3. Cabos de conexão com as pás, cabos de ECG e seus conectores, pás e eletrodos (de todos os tamanhos), chaves e controles (mesmo os redundantes, como chave no painel e nas pás).

4. Baterias e carregadores.

5. Indicadores, mostradores luminosos e todas as telas gráficas, alarmes e outros sinais audíveis, marcações, avisos, precauções de operação e outras indicações gráficas no corpo do equipamento.

6. Acessórios (cabos, pás, gel, eletrodos), teste de descarga interna da energia armazenada e dispositivos especiais (impressora e outros).

 

Testes quantitativos: segurança elétrica e calibração

Devem ser feitos por profissionais capacitados de acordo com as indicações do fabricante e, de preferência, seguindo as orientações de normas técnicas aplicáveis ao equipamento. Recomenda-se que estes testes sejam semestrais em função da criticidade do equipamento

1. Resistência de aterramento em relação a caixa ou chassi do equipamento e corrente de fuga. Recomenda-se a norma NBR IEC 62353 (Ensaio Recorrente após manutenção).

2. Continuidade dos cabos e pás;

3. Calibração de frequência cardíaca (bpm).

4. Energia entregue (J) – ABNT NBR IEC 60601-2-4:2014, item 201.3.205.

5. Tempo de carga (S) – ABNT NBR IEC 60601-2-4:2014, item 201.101.1.

6. Tempo de sincronismo (ms) – ABNT NBR IEC 60601-2-4:2014, item 201.104.

7. Alarmes de frequência cardíaca de outros parâmetros caso o equipamento possua outras funções de monitoração (ECG, SpO2).

8. Verificação das limitações internas da energia com pás (internas ou pediátricas).

Erros mais frequentes de Operação

Os erros mais frequentes ocorrerem nas operações de cardioversão, que exigem a instalação do cabo de ECG de 3 vias (não é possível usar o ECG obtido através das pás) e o acionamento do botão de sincronismo antes da operação de descarga.

Além disso, após uma cardioversão é importantíssimo conhecer a característica do Cardioversor em uso com relação à função do SINCRONISMO, visto que em alguns equipamentos esta função é mantida (continua em CARDIOVERSÃO) e em outros ela é desativada (volta para DESFIBRILIÇÃO) – ABNT NBR IEC 60601-2-4:2014, item 201.104.

Treinamentos operacionais devem ser regulares. A operação é sempre em situações de estresse, portanto, exige conhecimentos operacionais atualizados e de alta eficiência. Erros colocam em risco paciente e operadores.

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Texto: Jorge Cardoso Pereira – Engenheiro CREA RN 260699320-9 – EC UNICAMP/MBA FGV GERENCIAMENTO PROJETOS/MBA FGV GESTÃO EXECUTIVA EM SAÚDE

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