Fevereiro 5, 2021

Esterilização de Produtos para Saúde

Esterilização de Produtos para Saúde 3 – Outras tecnologias: Esterilização por Vapor (EVPH), Plasma de Peróxido de Hidrogênio (EPPH) e Vapor de Baixa Temperatura de Formaldeído Gasoso (EVBTF)

A Esterilização de Produtos para a Saúde (EPPS) é um processo que afeta transversalmente toda a cadeia de produção médico hospitalar e extremamente importante para a segurança de um ambiente hospitalar.

Além da tecnologia de esterilização por Vapor saturado, os produtos para saúde (PPS) podem ser esterilizados por outras tecnologias tais como: FÍSICOS – calor seco (estufa), Radiação ultravioleta e Radiação ionizante. QUÍMICOS – Formaldeído (EVBTF), Glutaraldeído e Ácido peracético. FÍSICO-QUIMÍCOS – Óxido de etileno e Plasma e Vapor de peróxido de hidrogênio (EPPH e EVPH).

Na área hospitalar os processos de esterilização ficam concentrados no Centro de Material Esterilizado (CME), ou podem ser realizados por empresas especializadas, especialmente, as que utilizam tecnologias como Óxido de Etileno e Radiação Ionizante.

Esterilização por Vapor (EVPH) e Plasma de Peróxido de Hidrogênio (EPPH)

O uso de Peróxido de Hidrogênio para esterilização foi introduzido pela Johnson & Johnson através de sua divisão ASP, com a comercialização do Autoclave modelo STERRAD 100S™.

As esterilizações por VPH e PPH são as tecnologias mais presente em CME depois da esterilização por Vapor saturado. Tanto a  EVPH como a EPPH se utilizam do peróxido de hidrogênio, popularmente conhecido como água oxigenada (H2O2).

Na esterilização PPH, o plasma é obtido ao se aplicar ao peróxido de hidrogênio em concentração em torno de 59%, um campo eletromagnético produzido por rádio frequência, gerando uma nuvem de partículas altamente ionizadas (radicais livres) que são conhecidos por serem altamente reativas com a maioria das moléculas essenciais para o metabolismo das células vivas, eliminando-as.

A esterilização PPH possui como vantagens, ser um processo em baixa temperatura, entre 45 e 55ºC, ideal para materiais delicados e termossensíveis (alumínio, bronze, látex, PVC, silicone, aço inoxidável, teflon, borracha, fibras ópticas, materiais elétricos) e tempo de ciclo entre 30 e 90 minutos, tendo como resíduos do processo, água e oxigênio.

Como desvantagens a EPPH é incompatível com celulose, líquidos e produtos com lumens longos e estreitos (fundo cego). Também é muito importante avaliar os custos do equipamento (aquisição ou locação), custos de insumos e taxa de cancelamento de ciclo.

Os ciclos de operação da EPPH são: vácuo, injeção, difusão, plasma (esterilização) e ventilação.

Já na esterilização por VPH o vapor é obtido ao se aplicar o peróxido de hidrogênio, em concentração em torno de 35%, em uma câmara vaporizadora. Este vapor então é aplicado aos materiais em processo de esterilização. A temperatura de processo está entre 35 e 45ºC.

A EVPH possui as mesmas vantagens e desvantagens da EPPH com relação a compatibilidade de materiais, toxicidade, tempos de ciclo e difusibilidade (produtos com lumens longos e estreitos e em espaços internos, tipo motores).

Os ciclos de operação da EVPH são: vácuo, vaporização, injeção, difusão, esterilização, conversão e ventilação.

Esterilização por Vapor de Baixa Temperatura de Formaldeído Gasoso (EVBTF)

Neste processo de esterilização, que normalmente está conjugado com a esterilização por Vapor Saturado, se utiliza o gás gerado a partir da Formalina a 37% ou pastilhas de paraformaldeído. A duração do ciclo total é de aproximadamente 5 horas a uma temperatura média de 60 °C.

É um processo compatível com a maioria dos PPS processados em CME, porém é importante verificar com o fabricante do equipamento as limitações em função dos fenômenos de absorção e adsorção dos materiais esterilizados.

Uma desvantagem importante é o tratamento dos resíduos da EVBTF, que são tóxicos e carcinogênicos.

Nos próximos artigos do Blog da MEDSYSTEM trataremos de outros assuntos relacionados à Esterilização de Produtos para Saúde tais como: Lavadoras Ultrassônicas, Lavadoras Termodesinfectoras, Qualidade da água para EPPS, Monitoramento da Qualidade de Esterilização e Estrutura Física do CME de acordo com as normas RDC 50/2002 e RDC 15/2012.

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Texto: Jorge Cardoso Pereira – Engenheiro CREA RN 260699320-9 – EC UNICAMP/MBA FGV GERENCIAMENTO PROJETOS/MBA FGV GESTÃO EXECUTIVA EM SAÚDE

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