Novembro 5, 2020

Débito Cardíaco por  PiCCO, Temperatura e  Frequência Respiratória por Impedância.

Monitores Multiparâmetros: Débito Cardíaco por  PiCCO, Temperatura e Frequência Respiratória por Impedância.

PiCCO é a medição do Débito Cardíaco (CO) que combina a análise de contorno de pulso da pressão arterial com técnica de termodiluição transpulmonar.

Princípio de Funcionamento

Os princípios da termodiluição transpulmonar, que fornece medidas estáticas  e a análise de contorno de pulsos, que fornece informações contínuas, são as bases da tecnologia PiCCO e  permitem o cálculo de parâmetros hemodinâmicos.

A medição do (CO) com tecnologia PiCCO necessita de um cateter venoso central padrão e um cateter PiCCO inserido através da arterial femoral ou radial, braquial ou axilar.

Características e Parâmetros

O Débito Cardíaco é um parâmetro essencial na avaliação da função cardíaca e associado à tecnologia PiCCO permite uma melhor avaliação da condição hemodinâmica do paciente.

A tecnologia PiCCO é adequada quando as condições hemodinâmicas são instáveis e a ventilação mecânica é utilizada por hipoxemia severa (Choques sépticos e cardiogênicos, queimaduras, choque hipovolêmico, Síndrome de aflição respiratória aguda – ARDS).

Diversos parâmetros podem ser obtidos partir da medição do CO por PiCCO: Débito Cardíaco Continuo (CCO), Volume Sistólico (SV), Resistência Vascular Sistêmica (SVI), Variação do Volume Sistólico (SVV), Contratilidade Ventricular Esquerda, Frequência Cardíaca (HR), Pressão Arterial Média (MAP), Pressão Arterial Sistólica (SAP), Pressão Arterial Diastólica (DAP) e Pressão Venosa Central (CVP).

Restrições de aplicação da medição de CO com tecnologia PiCCO

Restrições ao uso de PiCCO: Arritmias Atrial ou Ventricular, Balão Intraórtico, Aneurisma Aórtico, Circuito Extracorpóreo, Shunt Intracardíaco, Embolismo pulmonar massivo.

Temperatura

A temperatura é um importante dado fisiológico, que reflete a condição de vascularização de um órgão e/ou do corpo como um todo. Quanto maior a vascularização maior será a sua temperatura.

A temperatura corporal depende da produção de calor e dos mecanismos de regulação e manutenção da temperatura do corpo (termorregulação), que são vitais para estabilidade fisiológica sistêmica.

A temperatura também reflete uma condição anormal no organismo, por se tratar de uma reação natural em defesa da preservação das células e tecidos. Em casos de aumento denominamos hipertermia (febre), e redução, hipotermia.

Para a mensuração da temperatura corporal podemos realizar as medidas em diversos locais: axila, boca (oral), ânus (retal) e esôfago.

Quando há necessidade da monitoração contínua deste parâmetro, utiliza-se um monitor com sensor de temperatura superficial (pele), retal ou esofágico que sendo aquecido transmitirá esta variação a um Termistor (Pt100, NTC ou PTC a depender do fabricante) que indicará a temperatura em graus Centígrados (ºC – unidade padrão de temperatura no Brasil) ou Fahrenheit  (ºF).

Frequência Respiratória por Impedância.

A frequência respiratória pode ser medida com precisão na Capnografia ou na Espirometria. Porém em monitorações mais básicas, nas quais estes parâmetros não são disponíveis, pode se obter a Frequência Respiratória pela impedância da movimentação do tórax, associada ao ECG.

A frequência respiratória é detectada medindo as variações da impedância torácica através da derivação I, derivação II ou vector RL-LL do ECG. Em função da seleção da derivação do ECG para a leitura da frequência respiratória, a frequência respiratória obtida pode ser respiração torácica ou abdominal superior.

Interferências na medição da Frequência Respiratória (Fr) por Impedância

Por se tratar de medição da frequência respiratória pela movimentação do tórax ou abdômen, artefatos de movimentação causados pela mudança de posição, movimentação da cabeça e dos braços podem causar erros de leitura da Fr.

Além disso, dispositivos elétricos, como as unidades de eletrocirurgia e os aquecedores de infravermelhos, em função de emissão eletromagnética podem causar artefatos e afetar a medição da Fr.

Outro tipo de interferência importante são os eventos causados pela Ventilação mecânica intermitente que eventualmente pode oferecer ao paciente um ciclo de inspiração extra. E a depender da amplitude deste ciclo, o cálculo da respiração pode contar erroneamente as inspirações e as expirações geradas pelo ventilador.

Veja em nosso BLOG na próxima semana, discussão técnica sobre Focos Cirúrgicos. Operação, Instalação, Calibração e Manutenção.

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Texto: Jorge Cardoso Pereira – Engenheiro CREA RN 260699320-9 – EC UNICAMP/MBA FGV GERENCIAMENTO PROJETOS/MBA FGV GESTÃO EXECUTIVA EM SAÚDE

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